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PSICOTERAPIA

Evidente que ninguém mais trata Depressão, Depressão bipolar, Psicose, Distimia, Distúrbio Afetivo Bipolar sem medicamentos. Mas mesmo assim a psicoterapia é importante em muitas doenças psiquiátricas. Psicoterapia não trata apenas problemas emocionais, sentimentais, problemas com os pais e de relacionamento.
Existem vários tipos de Psicoterapia: Analítica, Psicanálise, Psicoterapia Cognitivo Comportamental, Psicoterapia Comportamental, Terapia de Casal, Familiar, Aconselhamento, Treinamento (Coaching), etc.
Você vai ver seu Psiquiatra em média a cada 6 meses, às vezes a cada ano, mas seu psicoterapeuta inicialmente a cada semana, depois a cada quinzena ou mês (conforme o caso e a técnica de psicoterapia), portanto o terapeuta pode ajudar muito no tratamento.
Logicamente, tem que ser um psicoterapeuta (cuja formação acadêmica pode ser psicologia ou medicina, portanto pode ser psicólogo, psicóloga ou psiquiatra) que entenda de medicamentos, da necessidade das doenças serem medicadas, que não seja "contra remédio" e que converse com seu psiquiatra clínico.
Em muitos casos a combinação de medicação mais psicoterapia é mais eficaz do que medicação sozinha. Em algumas doenças ela é indispensável. Por exemplo: uma Fobia Social ou Transtorno de Ansiedade Social que tenha começado muito cedo na vida de uma pessoa.
Foi provado cientificamente que em Depressão, Depressão Bipolar, Psicose, Distimia, Distúrbio Afetivo Bipolar, entre outras, a Psicoterapia pode ser importante pelo seguinte:
Aumenta a adesão ao tratamento. Estamos falando de doenças de longa duração, seja de da doença, seja de manutenção dos remédios. Mesmo que essa doenças tenham passado, geralmente a manutenção da medicação é por longo tempo. A psicoterapia ajuda a manter o uso disciplinado dos medicamentos.
Ajuda a manter o ritmo de atividade, lazer, sono que é importante na manutenção da saúde.
A psicoterapia detecta sintomas e recaídas em estágios bem iniciais.
Ela minimiza o impacto negativo da doença na vida pessoal, acadêmica, profissional.
A Psicoterapia ajuda a identificar a presença de efeitos colaterais dos medicamentos. Exemplo: impregnação de neuroléptico (Antipsicótico) pode simular uma Depressão e pode piorar o sono por causa da Acatisia (necessidade de mexer as pernas).
Ela ajuda a diferenciar o que é sintoma da doença e o que é uma circunstância normal da vida que possa estar deixando a pessoa mais ansiosa ou mais triste por exemplo.

CAUSAS DA DEPRESSÃO

Causas, fatores desencadeantes e situações que propiciam o aparecimento da Depressão:
Existem muitas. Geralmente é uma combinação de mais de uma causa. Por exemplo:
Predisposição genética.
Depressões anteriores. Depressão, “quanto mais tem mais tem e quanto menos tem menos tem”. Daí a importância de começar a tratar o quanto antes.
Personalidade perfeccionista, detalhista.
Distimia.
Situações difíceis, desgastantes, frustrantes.
Perdas: de pessoa querida, de dinheiro, de posição profissional ou social, aposentadoria, etc.
Gravidez, Parto e Menopausa.
Síndrome do Pânico.
Distúrbio Obsessivo Compulsivo.
Stress Pós Traumático: experiência traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem possibilidade de reação, por exemplo, assalto, seqüestro, acidentes.
Psicose.
Pílula Anticoncepcional (causa comum de depressão em mulheres jovens), Implantes Hormonais, DIUs hormonais.
Corticóides, Quimioterapia, Interferon, Betabloqueadores, Parlodel, Digitálicos, Dissulfiram, Reserpina, Cinarizina.
Neurolépticos, Benzodiazepínicos, Barbitúricos, etc.
Drogas e álcool.
Anabolizantes, Anfetaminas.
Apnéia Obstrutiva do Sono.
Hiper - e Hipotireoidismo, Hashimoto.
Hepatite (principalmente C), Câncer, Pneumonia, Mononucleose, Reumatismo, Insuficiência Cardíaca, Infarto, Ponte de Safena, Asma, Insuficiência Respiratória, Câncer, Doença de Cushing, Diabetes, Anemia Perniciosa, Lupus, Artrite Reumatóide, Aids, Hipovitaminoses, Doença de Wilson, Sífilis, Huntington, Lupus, Poliarterite Nodosa, Hipovitaminoses, Insuficiência Renal.
Traumatismos cranianos, Acidente Vascular Cerebral ("derrame"), Insuficiência Circulatória Cerebral, Alzheimer, Arteriosclerose, Esclerose Múltipla, Parkinson, Huntington, tumores benignos e malignos, Epilepsia, Aneurismas, Enxaqueca, etc.
Dores crônicas, Fibromialgia.
Radioterapia.
Manifestação pára-neoplásica.

TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

Tratamento

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Os antidepressivos são administrados em doses menores no início, que são modificadas conforme o paciente melhora e passa a tolerar os efeitos colaterais. O efeito inicial demora, em média, de dez a 15 dias. Uma vez atingida a dosagem ideal, ela é mantida por pelo menos seis ou oito meses, mesmo que o paciente tenha melhorado totalmente, a fim de se evitar recaídas. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios.A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de resolver conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse. Em alguns casos, é necessário hospitalizar o paciente para protegê-lo ou para cuidar de comprometimentos físicos causados pela depressão. Em quadros muito graves ou que não respondam aos tratamentos convencionais, pode ser preciso aplicar o eletrochoque.

CAUSAS DA DEPRESSÃO

Causas

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são conseqüência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética.A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida. Uma pesquisa feita no Brasil identificou uma taxa de 17,9% entre 1464 pessoas de classe média, com idade superior a 18 anos na capital paulista.Em 1996, um trabalho conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Banco Mundial e pela Universidade de Harvard identificou a depressão unipolar (sem alternância no estado de humor) como a quarta principal doença incapacitante em todo o mundo. O ônus causado pelas enfermidades foi avaliado em termos de anos de vida perdidos por morte prematura ou vividos com limitação importante. A estimativa da OMS é de que a depressão passe para o segundo lugar em 2020, perdendo apenas para as doenças do coração..

TRISTEZA X DEPRESSÃO

Tristeza x depressão
A depressão não deve ser confundida com “fossa” ou “baixo astral”. A tristeza faz parte da vida psicológica normal, assim como a alegria e outros sentimentos. Fica-se triste por motivos externos, como fatos, notícias ou acontecimentos desagradáveis, ou por estímulos internos, como recordações ou vivências negativas, que tenham algum significado para a pessoa. Quando o indivíduo está triste, consegue manter sua rotina – trabalhar, estudar, namorar etc – e desfrutar da vida, até mesmo sentir alegria (por exemplo, ao receber uma boa notícia ou se algo agradável acontecer). A tristeza geralmente é passageira e está diretamente relacionada a estímulos identificáveis.O deprimido geralmente percebe que seus sentimentos diferem de tristezas sentidas anteriormente ou do estado negativo causado pelo luto. A depressão costuma ser mais duradoura que as simples oscilações normais do humor. Situações estressantes causam um sofrimento desproporcionalmente maior e mais prolongado. Tudo se transforma em problemas mais pesados e difíceis de se resolver. Ao contrário de quem sente tristeza, o deprimido tende a se isolar. A pessoa triste procura se distrair e se ajudar, enquanto que o deprimido perde o interesse e a força de vontade e não consegue se alegrar como antes. Alguns passam a maior parte do dia se ocupando sem parar, encontrando nas atividades um meio de se esquecer da depressão. Podem ficar mal humorados, irritáveis e insatisfeitos, mas também podem se esforçar para aparentar bem-estar. Essa luta mina as forças já abaladas pela própria depressão e aumenta ainda mais a irritabilidade e a impaciência.

SINAIS DA DEPRESSÃO

O deprimido geralmente percebe que não está bem, mas nem sempre reconhece que se trata de uma doença e atribui o fato a situações de vida. A família e os amigos tendem a lhe atribuir falhas, como falta de vontade ou de esforço para reagir, preguiça, chantagem, defeito de caráter, pouca fé ou atividade, entre outras. Esse tipo de reação piora ainda mais o estado do paciente.O indivíduo deprimido costuma apresentar os sintomas descritos a seguir. A presença de cada um dos três primeiros itens e pelo menos dois dos seguintes é suficiente para caracterizar a depressão. Sintomas isolados não são suficientes para o diagnóstico.
• humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;• desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;• desinteresse, falta de motivação e apatia;• falta de vontade e indecisão;• sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;• pessimismo, idéias freqüentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;• interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;• dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;• diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;• perda ou aumento do apetite e do peso;• insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);• dores e outros sintomas físicos não justificados por outros problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

DEPRESSÃO

Depressão

* Ricardo Moreno

A depressão é um doença que se caracteriza por um período mínimo de duas semanas em que a pessoa se sente triste, melancólica ou “para baixo”, com sensações de aperto no peito (angústia), inquietação (ansiedade), desânimo e falta de energia. O indivíduo permanece apático, perde a motivação, acha tudo sem graça ou sem sentido, torna-se pessimista e preocupado. Tal estado afeta o organismo como um todo e compromete o sono, o apetite e a disposição física. A manifestação do quadro clínico é bastante variável. A depressão pode ser intermitente ou contínua, durar algumas horas ou um dia inteiro, durante semanas, meses ou anos. Além disso, a intensidade do sofrimento costuma mudar longo do tempo.